quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

sábado, 18 de dezembro de 2010

Trailer A terceira Margem do Rio

Feliz Natal

Vídeo trecho do filme Capitu ( 1968 )

Vídeo extraído do YOUTUBE, acesso em 18/Dez/2010, filme de Paulo Cesar Saraceni, baseado na Obra Dom Casmurro de Machado de Assis.

Vidas secas: vídeo do trecho " Morte da Baleia"

Vídeo extraído do YOUTUBE, acesso em 18/dez/2010. Filme de Nelson Pereira dos Santos (1963) baseado na obra de Graciliano Ramos, Vidas secas.

domingo, 12 de dezembro de 2010

O velho da primeira avenida


Aconteceu na esquina da 1st Avenue, no centro de Miami, Flórida (EUA).
Cheguei no horário agendado para a reunião com o representante de uma
companhia exportadora de perfumes, mas ele se atrasou e eu decidi esperá-lo na
porta de entrada da empresa. Encostado a uma pilastra, eu observava o vaivém
dos pedestres.
- Es la única esperanza – ouvi de um homem perto dos 90 anos que trazia um
folheto na mão. Era mais um desses pregadores religiosos de conversa maçante e
interesseira. Desviei o olhar e fui tratando de desestimular o diálogo com um
leviano “não entendo espanhol, senhor”, mesmo sabendo que a reunião pela qual
eu aguardava se desenrolaria em portunhol. O velho não se abalou diante da
minha impaciência e continuou pregando:
- Habrá uma gran desgracia si los ricos y poderosos no despertaren para el
mundo. Una terrible escasez de alimentos tornará el convivio entre los hombres
insoportable.
A força das suas palavras me encorajou a fitá-lo.Senti um sobressalto ao
constatar quanto sua fisionomia me era familiar. Os olhos cinza-amarelos tinham
tênues traços orientais e as sobrancelhas grossas me surpreendiam pelas penugens
negras realçadas pelos cabelos brancos. Apesar da espantosa semelhança, o nariz
reto e ligeiramente arrebitado era diferente. Sua fisionomia me agradava e, por
isso, passei a conversar com ele. Meio sem assunto, perguntei-lhe se conhecia a
Igreja Universal do Reino de Deus, fundada no Brasil. Respondeu-me que não,
não se interessava por novas seitas que surgiam às pencas, pois a maioria eram
igrejas do diabo. E sem me olhar nem dizer adeus, continuou seu caminho.
A semelhança com meu pai se evidenciou ainda mais quando o vi de costas, o
corpo franzino curvado pela idade. Fiquei estático e eletrizado. Um “buenos dias”
despertou-me do torpor. Era o representante comercial que eu aguardava me
convidando para entrar. Não me concentrei na reunião, pois aquela imagem
tomou conta da minha mente.
Saí do encontro desconcertado. Era uma fixação sem sentido – afinal, pessoas
parecidas existem em todo canto do mundo. Resolvi antecipar o almoço. Na
cantina habitual, o sorriso da funcionária não afastou meu desconforto. De
repente, desabei num choro convulsivo, desencadeado pelas lembranças do meu
velho, do meu amigo, do meu pai. Mudei de posição na mesa para que a
garçonete não percebesse o meu estado. Eu não me reconhecia. Onde estava o
homem seco e contido que nunca chorava?
No dia seguinte voltei à mesma esquina, na esperança de reencontrar o velho
homem. Nada. Chorei mais vezes ao longo daquela semana: no hotel, no avião,
ao chegar em casa. Afinal, quem era aquele homem de palavras fortes? Por que
surgira e sumira daquela forma? Não encontrei respostas, mas entendi o valor da
sua ajuda. Sua missão era me abrir. Ele viera para me permitir soltar as lágrimas
que eu vinha contendo desde o derradeiro encontro com meu legítimo e inimitável 
velho. Eu consegui.

Aristóteles Sampaio Carvalho

Vídeo "eu estava ali deitado" Luiz Vilela




publicado em http://www.youtube.com/watch?v=Qv0f1H7DnTA&feature=player_embedded

Eu estava ali deitado

eu estava ali deitado olhando através da vidraça as roseiras no jardim, fustigadas pelo vento que zunia lá fora e nas venezianas do meu quarto e de repente cessava e tudo ficava tão quieto tão triste e de repente recomeçava e as roseiras frágeis e assustadas irrompiam na vidraça e eu estava ali o tempo todo  olhando estava em minha cama com a minha blusa de lã as mãos enfiadas nos bolsos os braços colados ao corpo as pernas juntas estava de sapatos Mamãe não gostava que eu deitasse de sapatos deixe de preguiça menino! mas dessa vez eu estava deitado de sapatos e ela viu e não falou nada ela sentou-se na beirada da cama e pousou a mão em meu joelho  e falou você não quer mesmo almoçar?
eu falei que não não quer comer nada? eu falei que não nem uma carninha assada daquelas que você gosta? com uma cebolinha de folha lá da horta um limãozinho uma pimentinha? ela sorriu e deu uma palmadinha no meu joelho e eu também sorri mas falei que não não estava com a menor fome nem uma coisinha meu filho? uma coisinha só? eu falei que não e então ela ficou me olhando e então ela saiu do quarto eu estava de sapatos e ela não falou nada ela não falaria nada meus sapatos engraxados bonitos brilhantes
ele não quer comer nada? escutei papai perguntando e mamãe decerto só balançou a cabeça porque não escutei ela responder e agora eles estavam comendo em silêncio os dois sozinhos lá na mesa em silêncio o barulho dos garfos a casa quieta e fria e triste o vento zunindo lá fora e nas venezianas de meu quarto.

- você precisa compreender isso, Carlos
- não posso, Miriam
- não daria certo
- não daria certo?
- nossos temperamentos não combinam
- não é verdade
- assim será melhor para nós dois
não Miriam não é verdade Miriam não é certo Miriam não pode Miriam não pode não pode! ó meu Deus não pode

Papai estava parado à porta pensei que você estava dormindo ele falou eu sorri que vento hem! ele falou e eu olhei para a vidraça e lá estavam as roseiras frágeis e assustadas, fustigadas pelo vento esse mês de junho é terrível ele falou ele estava parado no meio do quarto estava de paletó e gravata de pulôver esfregava as mãos eu vou lá no Jorge você não quer ir também? ele ficou olhando pra mim esperando não papai dar uma volta? não obrigado você vai virar sorvete aí dentro ele brincou e eu ri e ele riu e então ficou sério de novo esfregava as mãos fiquei com pena dele eu sabia que ele queria me dizer alguma coisa sabia quase o que ele queria me dizer mamãe devia ter dito a ele Artur chama o Carlos para dar uma volta e ele dissera isso mas agora era diferente era ele mesmo que queria me dizer alguma coisa e estava atrapalhado ficava atrapalhado quando queria conversar essas coisas com um filho e então esfregava as mãos não era por causa do frio Carlos eu sei o que você está sentindo ele falou Eu sei como é é muito aborrecido mesmo mas há coisas piores sabe? eu olhei para ele e então ele abaixou a cabeça e de novo estava atrapalhado e de novo eu fiquei com pena dele eu sei que você gosta muito dela eu sei eu sei que isso é muito aborrecido mas ele olhou pra mim não se preocupe papai eu falei não precisa se preocupar não é nada eu sei mas você não almoçou eu estava sem fome pois é e então nós dois ficamos calados ele tirou o relógio do bolso e olhou as horas você não quer ir mesmo no Jorge? ele perguntou e eu falei que não então ele saiu do quarto escutei ele abrindo o portão e depois os passos dele na calçada o vento zunia lá fora eu estava olhando para os meus sapatos ela gostava deles assim engraxados bonitos brilhantes você é tão cuidadoso Carlos como gosto de você você não pode calcular o tanto que eu gosto de você se te acontecesse alguma coisa se te acontecesse alguma coisa eu não sei o que eu faria mas não vai acontecer nada bem vai? não não vai não pode se te acontecesse alguma coisa acho que eu morreria eu gosto demais de você demais demais
fechei os olhos e contei até quinhentos e recordei os nomes de todas as capitais do Brasil e da Europa e recordei os nomes das dezenas de rios e dezenas de montanhas e deitei de bruços e deitei do lado direito  deitei do lado esquerdo e deitei de bruços outra vez e pus o travesseiro em cima da cabeça e pus o travesseiro de baixo da cabeça e apertei a cabeça contra a parede e apertei mais ainda a cabeça contra a parede que ela doeu e então virei de costas outra vez e enfiei as mãos nos bolsos colei os braços ao corpo juntei as pernas abri os olhos e estava de novo olhando através da vidraça as roseiras frágeis e assustadas fustigadas pelo vento que zunia lá fora e nas venezianas de meu quarto

LUIZ VILELA

( De no bar. Rio, Bloch, 1968.)

sábado, 30 de outubro de 2010

A Terceira Margem do Rio


A terceira margem do rio     
                                                                       João Guimarães Rosa

Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa.

Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a idéia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta.

Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — "Cê vai, ocê fique, você nunca volte!" Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: — "Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?" Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo — a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa.

Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para. estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos, se reuniram, tomaram juntamente conselho.

Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura; por isso, todos pensaram de nosso pai a razão em que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de poder também ser pagamento de promessa; ou que, nosso pai, quem sabe, por escrúpulo de estar com alguma feia doença, que seja, a lepra, se desertava para outra sina de existir, perto e longe de sua família dele. As vozes das notícias se dando pelas certas pessoas — passadores, moradores das beiras, até do afastado da outra banda — descrevendo que nosso pai nunca se surgia a tomar terra, em ponto nem canto, de dia nem de noite, da forma como cursava no rio, solto solitariamente. Então, pois, nossa mãe e os aparentados nossos, assentaram: que o mantimento que tivesse, ocultado na canoa, se gastava; e, ele, ou desembarcava e viajava s'embora, para jamais, o que ao menos se condizia mais correto, ou se arrependia, por uma vez, para casa.

No que num engano. Eu mesmo cumpria de trazer para ele, cada dia, um tanto de comida furtada: a idéia que senti, logo na primeira noite, quando o pessoal nosso experimentou de acender fogueiras em beirada do rio, enquanto que, no alumiado delas, se rezava e se chamava. Depois, no seguinte, apareci, com rapadura, broa de pão, cacho de bananas. Enxerguei nosso pai, no enfim de uma hora, tão custosa para sobrevir: só assim, ele no ao-longe, sentado no fundo da canoa, suspendida no liso do rio. Me viu, não remou para cá, não fez sinal. Mostrei o de comer, depositei num oco de pedra do barranco, a salvo de bicho mexer e a seco de chuva e orvalho. Isso, que fiz, e refiz, sempre, tempos a fora. Surpresa que mais tarde tive: que nossa mãe sabia desse meu encargo, só se encobrindo de não saber; ela mesma deixava, facilitado, sobra de coisas, para o meu conseguir. Nossa mãe muito não se demonstrava.

Mandou vir o tio nosso, irmão dela, para auxiliar na fazenda e nos negócios. Mandou vir o mestre, para nós, os meninos. Incumbiu ao padre que um dia se revestisse, em praia de margem, para esconjurar e clamar a nosso pai o 'dever de desistir da tristonha teima. De outra, por arranjo dela, para medo, vieram os dois soldados. Tudo o que não valeu de nada. Nosso pai passava ao largo, avistado ou diluso, cruzando na canoa, sem deixar ninguém se chegar à pega ou à fala. Mesmo quando foi, não faz muito, dos homens do jornal, que trouxeram a lancha e tencionavam tirar retrato dele, não venceram: nosso pai se desaparecia para a outra banda, aproava a canoa no brejão, de léguas, que há, por entre juncos e mato, e só ele conhecesse, a palmos, a escuridão, daquele.

A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensamentos. O severo que era, de não se entender, de maneira nenhuma, como ele agüentava. De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos — sem fazer conta do se-ir do viver. Não pojava em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas do rio, não pisou mais em chão nem capim. Por certo, ao menos, que, para dormir seu tanto, ele fizesse amarração da canoa, em alguma ponta-de-ilha, no esconso. Mas não armava um foguinho em praia, nem dispunha de sua luz feita, nunca mais riscou um fósforo. O que consumia de comer, era só um quase; mesmo do que a gente depositava, no entre as raízes da gameleira, ou na lapinha de pedra do barranco, ele recolhia pouco, nem o bastável. Não adoecia? E a constante força dos braços, para ter tento na canoa, resistido, mesmo na demasia das enchentes, no subimento, aí quando no lanço da correnteza enorme do rio tudo rola o perigoso, aqueles corpos de bichos mortos e paus-de-árvore descendo — de espanto de esbarro. E nunca falou mais palavra, com pessoa alguma. Nós, também, não falávamos mais nele. Só se pensava. Não, de nosso pai não se podia ter esquecimento; e, se, por um pouco, a gente fazia que esquecia, era só para se despertar de novo, de repente, com a memória, no passo de outros sobressaltos.

Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa. A gente imaginava nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte, nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água do temporal. Às vezes, algum conhecido nosso achava que eu ia ficando mais parecido com nosso pai. Mas eu sabia que ele agora virara cabeludo, barbudo, de unhas grandes, mal e magro, ficado preto de sol e dos pêlos, com o aspecto de bicho, conforme quase nu, mesmo dispondo das peças de roupas que a gente de tempos em tempos fornecia.

Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me louvavam, por causa de algum meu bom procedimento, eu falava: — "Foi pai que um dia me ensinou a fazer assim..."; o que não era o certo, exato; mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais, nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o rio, para outras paragens, longe, no não-encontrável? Só ele soubesse. Mas minha irmã teve menino, ela mesma entestou que queria mostrar para ele o neto. Viemos, todos, no barranco, foi num dia bonito, minha irmã de vestido branco, que tinha sido o do casamento, ela erguia nos braços a criancinha, o marido dela segurou, para defender os dois, o guarda-sol. A gente chamou, esperou. Nosso pai não apareceu. Minha irmã chorou, nós todos aí choramos, abraçados.

Minha irmã se mudou, com o marido, para longe daqui. Meu irmão resolveu e se foi, para uma cidade. Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos. Nossa mãe terminou indo também, de uma vez, residir com minha irmã, ela estava envelhecida. Eu fiquei aqui, de resto. Eu nunca podia querer me casar. Eu permaneci, com as bagagens da vida. Nosso pai carecia de mim, eu sei — na vagação, no rio no ermo — sem dar razão de seu feito. Seja que, quando eu quis mesmo saber, e firme indaguei, me diz-que-disseram: que constava que nosso pai, alguma vez, tivesse revelado a explicação, ao homem que para ele aprontara a canoa. Mas, agora, esse homem já tinha morrido, ninguém soubesse, fizesse recordação, de nada mais. Só as falsas conversas, sem senso, como por ocasião, no começo, na vinda das primeiras cheias do rio, com chuvas que não estiavam, todos temeram o fim-do-mundo, diziam: que nosso pai fosse o avisado que nem Noé, que, por tanto, a canoa ele tinha antecipado; pois agora me entrelembro. Meu pai, eu não podia malsinar. E apontavam já em mim uns primeiros cabelos brancos.

Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice — esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranqüilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando idéia.

Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e declarado, tive que reforçar a voz: — "Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não carece mais... O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa!..." E, assim dizendo, meu coração bateu no compasso do mais certo.

Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia... Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão.

Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio.

Texto extraído do livro "Primeiras Estórias", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1988, pág. 32

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Contra as armas

Contra as armas
A Câmara dos Deputados deve aprovar em breve o projeto de decreto legislativo que define a pergunta a ser feita no referendo nacional sobre armas. Se não houver alterações, os eleitores brasileiros serão convocados em algum domingo de outubro próximo a responder à pergunta:"O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?". Esta Folha defende o "sim".
Fá-lo não por considerar a proscrição total o mais adequado nem por julgar que a medida, se aprovada e convertida em lei, será capaz de conter as ações cada vez mais ousadas de criminosos, mas porque, diante das alternativas, as vantagens da proibição parecem superar em muito os problemas por ela acarretados.
Ao longo do debate, defenderam-se neste espaço a proibição do porte, restrições à venda e o direito de o cidadão manter arma em sua residência. Alertou-se, também, para o risco de um plebiscito criar falsas ilusões sobre a eficácia da medida num país em que as armas em mãos de civis, cidadãos de bem ou marginais, advem, em larga escala, do comércio clandestino, sobre o qual o veto à venda regular não teria efeito, salvo, possivelmente, o de estimulá-lo.
Além de sua dimensão simbólica, a vantagem da proibição, desde que aliada a ações temáticas para reprimir a venda ilegal, está na possibilidade de reduzir significamente um tipo muito específico de homicídio - o motivado por causas fúteis -, bem como os acidentes com armas de fogo. Em ganho, ao que indicam as estatísticas, seria importante. Na Gande São Paulo. por exemplo, 60% dos homicídios são cometidos por pessoas sem histórico criminal e por motivos banais, como brigas de trânsito, discussões em bares e outras situações em que o destempero e os efeitos do álcool se associam à existência de uma arma à mão para produzir uma tragédia.
A esse respeito, a campanha de desarmamento, que recolheu mais de 300 mil artefatos principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, parece já estar produzindo resultados auspiciosos. Estudo divulgado nesta semana indica que internações hospitalares relacionadas a ferimentos por tiros caíram 10,5% em SP e 7% no RJ desde o início da coleta.
O veto às armas pode ser interpretado como uma limitação ao direito de autodefesa, o qual, mais do que uma garantia legal, é um instinto biológico. Está entre as atribuições do Estado, todavia, definir regras para o exercício de certas atividades e fixar os requisitos para a concessão de licenças. Ninguém  tem o seu direito de ir e vir ameaçado pelo fato de não poder dirigir um carro sem possuir habilitação. E não resta dúvida de que a decisão, entre nós, está sendo tomada por caminhos democráticos.
Assim, se o plebiscito determinar que o poder público deve proibir a comercialização e circunscrever o porte de armas a militares, policiais e algumas outras categorias, não se deverá ver aí um atentado aos direitos e garantias fundamentais, mas apenas mais uma das clássicas regulamentações da vida em sociedade.
Tal decisão não vai, como já se disse, impedir que traficantes e outros representates do crime organizado consigam o armamento leve ou pesado de que se utilizam. Para isso seriam necessárias outras medidas, que o poder público tem falhado em adotar. Diante do caminho que o debate seguiu, não resta dúvida, porém, que o melhor a fazer é votar pelo "sim" no plebiscito, na convicção de que a restrição às armas , sem ferir direitos fundamentais, venha a contribuir para preservar vidas e tornar melhor a sociedade.
Folha de São Paulo, 15 maio 2005, p. A2.

Questões

1) Editorial é um gènero textual cuja intenção é apresentar e defender a opinição ou a posição de determinado veículo de comunicação diante de um fato ou de uma ideia. Transcreva do texto a(s) frase(s) com essa intenção.
2) Ao expor os motivos da posição assumida, o editorial afirma:
"[...] diante  das alternativas, as vantagens da proibição parecem superar em muito os problemas por ela acarretados".
Com base nesse trecho, o que pode observar em relação à posição do jornal: ela se fundamenta numa certeza absoluta. Explique utilizando elementos do próprio trecho.
3) No terceiro parágrafo do texto, há uma referência a ideias que já foram defendidas anteriormente.
a) Que ideias são essas.
b) Qual dessas ideias parece revelar uma contradição em relação à posição que o jornal assume nesse editorial. Jusrifique sua resposta.
4) Ainda no terceiro parágrafo, fala-se no "risco de um plebiscito criar falsas ilusões...". Explique quais ilusões", que, segundo o editorial do jornal, o plebiscito pode criar.
5)Para defender a posição a favor da proibição da venda de armas, o editorial usa um argumento.
Responda:
a)Qual é o argumento
b)Para fundamentar esse argumento são usados dados estatísticos. O que esses dados apontam.
c)O que seria evitado com a proibição da venda de armas, segundo o editorial.
d)Que outro(s) dado(s) é (são) apresentado(s) para fundamentar o argumento a favor da proibição.
6)para defender a posição a favor da proibição da venda de armas, o editorial usa também um contra-argumento, ou seja, um argumento que poderia ser levantado contra a sua posição. Responda: qual é o contra-argumento.
7)A convivência em sociedade pressupõe a existência de normas que devem ser seguidas pelas pessoas.
a) Cite um exemplo de norma social aceita por você como necessária.
b)Cite um exemplo de norma social que você julga ser autoritária.
8)Explique como você entende a posição do jornal expressa neste trecho:
"[.s.]e o plebiscito determinar que o poder público deve proibir a comercialização ( de armas e munições)[...]não se deverá ver aí um atentado aos direitos e garantir fundamentais, mas apenas mais uma das clássicas regulamentações da vida em sociedade."
9)Releia o último parágrafo do texto linhas (43-51)
a) Pode-se afirmar que o jornal acredita que a proibição do comércio de armas de fogo e munição solucionará totalemente o problema da violência. Explique.
b)Esse último parágrafo retoma a ideia inicial para concluí-la. Justifique sua resposta.

Boa atividade! Bom feriado!

Profª Iara

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Festa da primavera - Allyrio





Alunas: Alice,Caroline Gomes,Jacheline,Caroline Caldeira, Bruna-6ª série B
                                         Magali 8ª série C


(Alberto Caeiro)

Quando tornar a vir a Primavera
Talvez já não me encontre no mundo.
Gostava agora de poder julgar que a Primavera é gente
Para poder supor que ela choraria,
Vendo que perdera o seu único amigo.
Mas a Primavera nem sequer é uma cousa:
É uma maneira de dizer.
Nem mesmo as flores tornam, ou as folhas verdes.
Há novas flores, novas folhas verdes.
Há outros dias suaves.
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real.
(Alberto Caeiro)


Esta mensagem de Alberto Caeiro diz todo o sentimento que esplande em nós, na estação mais sublime e encantada. é assim que homenageio a dedicação de todos os participantes deste evento em nossa escola. Com certeza teremos outros momentos e o resultado é e será sempre grandioso, uma vez que os alunos empenham-se para que ocorram mais e novas festividades em nossa escola.

Sorrir é bom


Sorrir é bom

Mais um dia de paz
Quanto tempo mais minha vida
Vai se tornar uma alegria!

Quando eu ficar triste
não vem me consolar,
pois a tristeza vai se transformar
em tudo de bom que você pensar

Mais um dia...
quando vai acabar
só Deus sabe,
porque tudo acaba
na hora que você menos espera
no dia e na hora certa!

Sorria porque o sorriso
faz bem pra pele
sorria o tempo todo
pois você é humano
e tem esse direito de sorrir
com amor, paz e harmonia
tente sorrir todo dia!!!

Aluna: Deysiane Stephany Pereira de Oliveira        6ª série B    E.E.Allyrio de Figueiredo Brasil

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Aula dissertação 1 e 2010

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sem título


Em um dia de domingo, eu e minha amiga Thais decidimos sair para o shopping, pegamos o primeiro que passou sem se quer perguntarpergunta se passava lá. Passou-se duas horas a Thais já nervosa e apeensiva para sair daquele ônibus diz:
- Patty, quando que vamos chegar
Sem saber muito bem o que responder, falei:
-Ah! daqui a pouco iremos chegar.- Afirmei com certa dúvida.
O ônibus parou e o motorista falou que precisavamos descer do veículo, pois já estávamos no final da viagem.
- Thais, por que você não perguntou se passava no shopping - Perguntei nervosa para ela.
- Ah! Patty você também poderia ter perguntado.
Passaram-se algumas horas e fomos perguntar a algumas pessoas como voltar para casa. As pessoas explicaram, pegamos o ônibus certo e voltamos para casa depois de muito tempo.


Aluna: Patrícia 1 colegial E E.E.Allyrio de Figueiredo Brasil

O nuggets de frango


Em um dia bonito, acordei e fui me arrumar para ir ao serviço em uma lanchonete no Jabaguara em São Paulo. Quando cheguei, fui para o meu setor que é no caixa do drive-thru. Era umas 9:30 da manhã, chega uma cliente e eu pergunto:
- Bom dia, o que gostaria
- Quero uma porção de nuggets e um copo de coca-cola.
- Moça, nós não temos nuggets no período da manhã.
- Como vocês não tem, é um absurdo.
A cliente muito alterada, sai de seu carro e vem em minha direção, começa a me agredir fisicamente e verbalmente, quebra o vidro do estabelecimento. Ela me machucou e estou cheias de marcas.
A cliente foi presa e está pagando indenização.


Aluna: Ketherlyn P. Arruda 1ºcolegial E E.E.Allyrio de Figueiredo Brasil

Vaca Estrela e Boi Fubá


Seu doutor me dê licença pra minha história contar.
Hoje eu tô na terra estranha, é bem triste o meu penar
Mas já fui muito feliz vivendo no meu lugar.
Eu tinha cavalo bom e gostava de campear.
E todo dia aboiava na porteira do curral.
Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
ô ô ô ô Boi Fubá.
Eu sou filho do Nordeste , não nego meu naturá
Mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha o meu gadinho, num é bom nem imaginar,
Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi Fubá
Quando era de tardezinha eu começava a aboiar
Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
ô ô ô ô Boi Fubá.
Aquela seca medonha fez tudo se atrapalhar,
Não nasceu capim no campo para o gado sustentar
O sertão esturricou, fez os açude secar
Morreu minha Vaca Estrela, já acabou meu Boi Fubá
Perdi tudo quanto tinha, nunca mais pude aboiar
Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
ô ô ô ô Boi Fubá.
Hoje nas terra do sul, longe do torrão natá
Quando eu vejo em minha frente uma boiada passar,
As água corre dos olho, começo logo a chorá
Lembro a minha Vaca Estrela e o meu lindo Boi Fubá
Com saudade do Nordeste, dá vontade de aboiar
Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
ô ô ô ô Boi Fubá.

Composição: Patativa do Assaré

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Livro sobre deuses é inspirado em "Cavaleiros do Zodiaco"; leia o texto

25/04/2009 - 20h30
Livro sobre deuses é inspirado em "Cavaleiros do Zodiaco"; assista

da Folha Online

O livro "Divinas Desventuras e Outras Histórias da Mitologia Grega", que acaba de ser lançado pela escritora infantil Heloisa Prieto, é tema do blog da Folhinha deste sábado.

Neste videocast, a autora desta e de outras 51 obras voltadas ao público infantil fala sobre seu mais novo trabalho, que traz os deuses gregos e as tragédias que envolvem suas histórias.

Segundo a autora, a inspiração para produzir o livro veio a partir do desenho animado "Os Cavaleiros do Zodíaco", programa que era visto pelos seus filhos e que também conta com deuses gregos no enredo.

videocast sobre livro inspirado no cavaleiros do zodíacos

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Você é minha luz




Você é minha luz
Minha estrela guia
Você se apaga
Meu mundo gira

Pode ser amor
Pode ser paixão
Este sentimento em vão
Que não larga meu coração

Isso é imaginação
ou alucinação
Este sentimento em vão
Oh! solidão

Aluna: Bianca Weber 6ª série B E.E.Allyrio de Figueiredo Brasil

quarta-feira, 28 de julho de 2010

curta terror

curta-metragem montanha russa de pobre

curta-metragem topo da pixar vídeos

sábado, 17 de julho de 2010

Bom recesso para todos

domingo, 11 de julho de 2010

Rough-Ride

Este jogo é uma dica de entretenimento para os leitores deste blog e acho que já conhecem o site referencial. É uma aventura de corrida de motocross! Espero que vocês gostem e quem sabe dar mais sugestões, de tal forma que este diário fique mais atraente para todos nós. Então aguardo comentários. É só CLICAR NO NOME DO JOGO e pronto, podem começar a jogar.
Iara


fonte:http://www.ojogos.com.br

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Em busca da aventura


Carina sempre sonhava em encontrar uma Terra desconhecida, em busca de novos segredos, novas magias e dar seu nome para essa terra. Ela imaginava que lá tinha cachoeira, lagos, fontes, flores, frutas, novas cores e também novas pessoas, amores, amigos, verdades, esperanças. Carina precisava encontrar essa terra, então resolveu pedir ajuda de suas amigas para sair em busca dessa jornada tão esperada.
Suas amigas aceitaram , agora são quatro com Ariane, Naiara, Michel e Carina, elas pegaram o carro e sairam, afinal elas já tinham 18 anos, podiam dirigir, sairam no frio, no calor, noites e dias, passaram fome, mas decidiram voltar para casa para comerem, pegar roupas e alimentos.
Elas pegaram o carro novamente e sairam de volta para essa jornada. Passou um dia, elas estavam vendo uma Terra bem pequena com pucos habitantes, resolveram parar lá para ver e gostaram muito, decidiram falar com alguém se essa Terra tinha nome, perguntaram para um senhor e ele respondeu que não, então Catarina resolveu colocar um nome e foi ''A Terra Encantadora". Todos gostaram.

Aluna: Ana Paula Borbosa 6ª série A E.E. Profº Allyrio de Figueiredo Brasil

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Garfield







PARA VISUALIZAR MELHOR A TIRA É SÓ CLICAR NO DESENHO

Garfield:o gato mais amado do mundo

Quem não conhece o gato cor de laranja que adora lasanha e odeia segunda-feira? Isso mesmo, você acertou. Estamos falando do mais querido e resmungão gato do planeta, o Garfield. Espertalhão, dorminhoco, amante de lasanha, viciado em café, “segundofóbico” e muito, muito querido, o Garfield é o astro de histórias engraçadas que fazem sucesso no mundo inteiro.

Com uma imensa legião de seguidores, suas tiras circulam em mais de 2.500 jornais de vários países e fazem sucesso por suas aventuras se enquadrarem em qualquer sociedade. Essa é, com certeza, a fórmula de tanto cartaz. Além, é claro, de seu jeito especial que conquista todos. Esse simpático e mal humorado gato quase sempre está acompanhado por Odie, seu fiel assistente, por Jon, seu dono, por sua colega Arlene e por Nermal.

Afora esses, o famoso gato laranja tem outro grupo de "amigos": são os personagens que vivem em um lugar chamado U.S. Acress. Junto de Garfield, esses animados bichinhos da fazenda, com freqüência, passam uma mensagem importante, principalmente para crianças, de como ser um bom amigo ou um bom vizinho.

A criação

Criado por Jim Davis, em 1978, Garfield ganhou o nome do avô do cartunista, James Garfield David. Simplesmente doméstico, esse gato gordo não possui uma raça definida (a equipe do Pet Friends consultou, através de e-mail, o criador do Garfield, que afirmou ser ele apenas um gato doméstico, cor de laranja). Conhecido em todo o mundo, sua história teve início na infância de Davis.

Quando criança, seu inventor tinha asma e precisava ficar muito tempo na cama. Para que pudesse se entreter, sua mãe o incentivou a desenhar. Seus rabiscos eram tão feios que precisavam ser decifrados, mas, felizmente, seu estilo se aprimorou e, em sua primeira criação, usou um inseto como protagonista, com o qual as pessoas não se identificavam, apesar de engraçado. Por esse motivo, Jim Davis voltou a sua atenção para desenvolver um tipo em quem qualquer um pudesse se reconhecer.

Ao perceber que havia uma grande quantidade de tiras sobre cachorros, decidiu que seu principal personagem seria um gato. Ao lembrar-se de sua infância na fazenda, onde possuía 25 gatos como amigos de estimação, resolveu que seu herói teria o seu próprio humor, que é um tanto quanto fora do padrão.

Garfield, o mais famoso, preguiçoso e guloso gato da tiras, surgiu na imprensa diária dos EUA no dia no dia 19 de junho de 1978, criado por Jim Davis. Presunçoso e egocêntrico, insuportável e exigente, baixinho e redondinho (nunca lhe chamem gordo!), de pêlo cor-de-laranja e olhos verdes, Garfield, como qualquer gato que se preze, gosta muito da sua vida pachorrenta em casa de Jon Arbucle, o seu dono.
Como principais atividades dorme, muito, muito mesmo, adora ver televisão e devora tudo quanto é comida italiana, sobretudo lasanha, pizza e espaguete. A explicação para este fato é muito simples: nasceu na cozinha do restaurante italiano Mama Leone. Mas claro que outras iguarias “marcham” igualmente em direção à boca deste verdadeiro glutão.
Nos momentos em que está acordado, ou vê televisão, ou come. Gosta muito de arreliar o seu dono, pregando-lhe as mais variadas peças (revelando-se o seu conhecido lado cínico) ou então de preparar os mais esquisitos pratos!
Inicialmente publicado em 41 jornais (1978), rapidamente aumentou o número de periódicos que publicavam as suas tiras diárias: cem em 1979, 1,4 mil em 1983, mais de dois mil em 1987 e 2,5 mil em 1995.
É natural que o personagem esteja associado aos mais variados produtos derivados, sem esquecer as séries de desenhos animados que refletem fielmente o espírito original das tiras diárias. O primeiro desenho animado estreou em 1982 e obteve os dois primeiros Emmy Awards de vários que tem recebido. Em 1988 surgiu a série animada “Garfield and Friends”, difundida em televisões de diversos países.

••• Fonte: Infopédia

série Goosebumps


Da série Goosebumps
Sorria e morra

: Greg e seus três melhores amigos estão entediados em plenas férias. Não há nada para fazer na pequena e pacata cidade onde moram. Você já deve ter se sentido assim, sem ter nada de interessante para fazer, não? E é claro que deve ter aprontado alguma! Mas Greg e seus amigos foram longe demais: invadiram a velha e macabra mansão Coffman, uma imponente propriedade abandonada há muitos anos. Greg resiste até o último instante à idéia de entrar na mansão, mas, uma vez lá dentro, descobre algo que pode mudar terrivelmente o destino de seus amigos. Somente com muita sorte e coragem ele poderá salvar as pessoas de quem tanto gosta do perigo que ele agora representa. Ah, Greg! Eu não queria estar na sua pele..


Goosebumps
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Goosebumps (publicada em Portugal com o nome "Arrepios") é uma série de livros de terror ficção para crianças de autoria de R.L. Stine. Sessenta e dois livros foram publicados sob o título de Goosebumps de 1992 a 1997. Muitos dos títulos foram levados à vida e se tornaram filmes; a série também inspirou uma série de televisão que durou de 1995 a 1998. Goosebumps: A Máscara Assombrada rendeu dois vídeos. Alguns o consideram o Harry Potter do início da década de 1990.
Em termos de trama, os livros dificilmente são assustadores, já que foram escritos para uma audiência mais nova. Adultos podem achar as situações mais bobas até engraçadas. É óbvio que Stine mantém suas tramas dentro de clichês típicos do terror, tanto que os livros podem ser categorizados dentro de sua trama (monstros, fantasmas, etc.). Mesmo assim, Stine trouxe algumas variações interessantes, como Vingança dos Gnomos de Jardim. Os lugares aonde a história se situa são sempre genéricos, como subúrbios, acampamentos de verão e tal. Alguns dos livros trouxeram seqüências, como Sangue de Monstro, que teve quatro aparições. Estas seqüências pareciam meramente repetir a história do original, e nunca iam muito longe. Além disso, a narrativa é sempre em primeira pessoa. Finalmente, os finais dos livros são sempre indesejáveis; nunca houve um livro Goosebumps com um final totalmente feliz,pois sempre havia um detalhe esquecido ou que surgia no fim do livro que aterrorizava os personagens,como outros fantasmas além das crianças-fantasmas em Praia Fantasma.
Após a série original acabar em 1999, Stine começou a escrever livros Goosebumps: Série 2000, sendo que a saída da série original não durou muito tempo, devido à popularidade em declínio. No Brasil, os livros foram inicialmente publicados pela Editora Abril, mas não duraram por muito tempo. Desde 2006, a Editora Fundamento publica os livros no Brasil. A série de TV já passa há anos na TV paga brasileira, através do canal Jetix (antiga Fox Kids). Em português, Goosebumps significa "calafrios", a sensação e arrepio causadas pelo medo.




Recruta Zero










Esta é mais uma indicação de entendermos o mundo da história em quadrinhos e também faz lembrar-me um pouco da minha infância, pois as aventuras do recruta zero, desobediente, estabanado e brincalhão representava talvez um subversivo diante da repressão em que nós viviamos, ou seja não podíamos ir contra as normas estabelecidas pela ditadura do AI5.
Iara

Recruta Zero (nome original Beetle Bailey) é uma personagem de quadrinhos e desenho animado criado por Mort Walker (1923-).

É um recruta do exército americano, lotado no quartel Camp Swampy. Sempre cultivando sua preguiça e bom-humor, Zero é implacavelmente perseguido pelo adiposo e volátil Sargento Tainha, que não admite nenhuma insubordinação. Ainda assim, Beetle Bailey sempre dá um jeito de escapar da labuta. Seu lema de vida é: Never let to tomorrow what you can do the day after tomorrow ("Nunca deixe para amanhã o que você pode fazer depois de amanhã"). Outro de seus famosos aforismos é: It´s funny how time flies when we are goofing off ("É engraçado como o tempo voa quando a gente está de folga").

Embora tenha se consagrado como soldado, Recruta Zero nasceu como um estudante universitário (aluno da Universidade Rockview), que já aparecia em seus primórdios com os olhos cobertos por um chapéu; hoje, seus olhos são em geral tapados por um boné ou por um capacete, deixando-o com uma aparência inconfundível. A tira nunca teve sucesso – até que seu criador teve a idéia de alistá-lo no Exército norte-americano, em 1951. Mort Walker queria aproveitar a onda de nacionalismo gerada pela Guerra da Coréia, no que obteve sucesso estrondoso: cerca de 100 jornais americanos compraram os direitos de divulgação do Recruta Zero; muitos deles exibem religiosamente as tiras até o presente.

O Zero é um dos divertimentos favoritos dos militares norte-americanos, por sua irreverência em relação ao sistema militar e por exaltar a esperteza de um soldado raso face a seus superiores. Talvez por isso a tira tenha sofrido alguns maus bocados: durante as guerras da Coréia e do Vietnã, algumas publicações americanas – entre elas a Stars and Stripes, a revista oficial das Forças Armadas norte-americanas – insistiram na proibição da publicação das tiras do Zero, por considerá-lo uma afronta à ordem militar.

De acordo com o próprio autor, episódios como este lhe renderam inúmeras outras piadas, nas quais a burocracia e a estreiteza mental dos homens de quepe são ridicularizadas. De qualquer forma, com tal de evitar novos contratempos, Walker evita a associação dos quadrinhos com fatos reais, mantendo o desenrolar das histórias restrito ao Quartel Swampy. Desde 2002, seu filho Gregory tem-no ajudado na confecção de algumas tiras. mas assim mesmo eles sao espertos.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Bullying na escola





Alunos da 8ª série A E.E.Profº Allyrio de Figueiredo Brasil

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bullying




Trabalho feito pelos alunos da 8ª série E.E.Profº Allyrio de Figueiredo Brasil

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Hagar, o viking





CLÁSSICOS DOS QUADRINHOS

DIK BROWNE - Hagar, o viking



Hagar, o viking

No início dos anos 70, o cartunista Dik Browne( Richard Arthur Allan Browne) reuniu a família e anunciou que estava indo para o porão de sua casa, de onde não sairia até criar um bom personagem para uma tira de quadrinhos. Em 5 de fevereiro de 1973, o viking Hagar, o Horrível, estreava nos jornais americanos.

A idéia de Hagar surgiu das lendas nórdicas que o cartunista ouvia de sua tia sueca e, para criar o personagem e toda a família viking, Browne inspirou-se em si mesmo, na mulher, nos filhos, no médico, no advogado e por aí afora.

O rosto e corpo de Hagar são inspirados no próprio Dik Browne e até mesmo o nome do simpático viking surgiu de um apelido do autor, dado por seu filho caçula.

“Meus três filhos me acordavam e eu costumava fingir que estava furioso e saía correndo atrás deles. O mais novo sempre fugia aterrorizado, gritando: corram, corram, aí vem Hagar, o terrível”, contava o autor.

Dik Browne faleceu em 1989, mas a tira foi continuada por seu filho Chris, que conseguiu manter praticamente o mesmo estilo e, principalmente, o bom humor do pai. Hagar, atualmente, é publicado em cerca de dois mil jornais nos EUA e outras centenas fora daquele país. Há algumas coletâneas lançadas no Brasil pela LP&M Editora.

Enredo: Gordo, nariz-de-batata e barba extremamente vermelha, Hagar é, na definição de seu autor, um pai de família que tenta ganhar a vida e que por acaso é viking. “Ele é um executivo do ramo de saque e pilhagem”, troçava Dik Browne.

As histórias de Hagar misturam o cotidiano dos lendários guerreiros nórdicos com o dia-a-dia de uma família classe média moderna. Hagar é amante da cerveja, pouco higiênico, adorador de guerras e praticamente invencível em um duelo (só perde para a mulher, Helga).

As confusões, bom humor e estilo das HQs podem ser observadas desde a primeira tira, onde Hagar aparecia, tendo atrás de si uma horda de guerreiros, ouvindo atentamente o morador do castelo prestes a ser invadido explicar que “Não, esse aqui não é o número 35... ESSE castelo fica lá embaixo.”

Personagens
Além de Hagar, completam a tira:

Helga - Dona de casa e mãe dedicada, é uma viking de origem nobre - vem de Oslo, capital da Noruega - e foi inspirada na mulher de Dik Browne, Joan. Inteligente, sensível e sensata, às vezes sofre com o companheiro, mas sempre tem a palavra final.

Hamlet e Hérnia - Hamlet, o filho de Hagar, é sensível, estudioso e sonha em ser dentista. Resumindo: o pior pesadelo de um pai viking. Hérnia, sua namorada (por escolha dela mesmo) é o contrário do garoto: espevitada, turrona, violenta, o sonho de um pai viking...para um menino.

Honi e Lute - Honi é a filha mais velha de Hagar. Ela surgiu na tira já com 16 anos e lamentava o tempo todo não ter um marido “nesta idade avançada”. Independente demais para uma garota viking, Honi constantemente briga com o pai por não poder fazer “coisas de homem”. Dispensou vários pretendentes até que surgiu Lute, um menestrel errante e folgado, meio “bicho-grilo”, com quem Honi vive um daqueles noivados eternos.

Eddie Sortudo - Braço direito de Hagar, Eddie é o azarado da tira. Além de Ter um QI reduzido, é vítima constante de todo tipo possível - e impossível - de infortúnio. Eddie foi inspirado em um amigo nova-iorquino de Dik Browne.

Snert - Inspirado em um cão que Dik teve quando criança, Snert é o companheiro fiel de Hagar e, assim como o dono, é pouco inteligente e muito boêmio. Em inglês, seu latido faz parte do humor da tira, pois, em evidencia sua origem nórdica: em vez de woof (com som de “u”), ele late “voof”

Dr. Zook - Baseado no médico da família Browne, Richard Zucker. É o curandeiro local e o personagem usado para toda a sátira à medicina.

Koyer - Baseado no advogado da família Browne, Theodore Coyer. É o causídico de Hagar e um especialista em ética viking e jurisprudência do saque e da pilhagem. Advogados com palavreado difícil sempre . Quando defendem bárbaros, então...

Fonte: Mundo HQ

Gravidez na adolescência: opção ou falta de opção








Gravidez na adolescência é um grande conflito para os jovens e suas famílias, tenham elas ou não recursos financeiros, mas o que fazer após a descoberta? Gostem ou não, alguns casais são obrigados a uma união precoce e pouco duradoura. As vezes a entrega do filho para adoção é uma saída. Quanto aos abortos por serem ilegais podem se tornar um procedimento de risco.
A gravidez na adolescência vem crescendo gradativamente, apesar de ter propagandas abertas incentivando o uso de preservativos...Os jovens preferem ignorar todo conhecimento adquirido e cair na tentação. Essa situação é bem comun entre jovens, mas a questão é: opção ou falta de opções?
Os jovens, hoje em dia, sem dúvida nenhuma têm diversas opções, há propagandas que incentivam o uso de preservativos, campanhas, os pais orientam, por isso os adolescentes deveriam pensar muito bem antes de ter uma criança, pois podem acabar com sua adolescência e também com sua família!


Aluna: Daiany Evellyn 1 colegial E E.E.Prof. Allyrio de Figueiredo Brasil

Escola combina com celular?





Em muitos lugares do Brasil, há uma lei que proíbe o uso dos celulares em sala de aula. A lei envolve opiniões diversas, há pessoas que concordam e discordam.
Essa lei foi desenvolvida, pois professores estavam se queixando de alunos que ficavam atrapalhando as aulas com a utilização do aparelho.
Os professores alegam que os alunos levam o celular ao ambiente escolar para ficar ouvindo músicas, jogando, assistindo TV, tirando fotos, fazendo ligações, mandando torpedos com respostas de provas para colegas de outras classes, entre outras coisas, por isso, foi desenvolvida essa lei que para professores é ótima, já para os alunos é horrível, mas fica a questão: A lei está sendo obedecida?
Não está, os alunos continuam utilizando esse aparelho tecnológico, é tanto que o Governo de São Paulo mandou um cartaz que dizia o seguinte: "Escola não combina com celular" Qual foi a intenção do Governo? A intenção dele era induzir os alunos a pararem de cometer essa atitude, que estava prejudicando o processo de aprendizagem do aluno. Afinal o celular serve para distrair o aluno,portanto não pode ficar ligado durante as atividades.


Aluna: Daiany Evellyn 1 colegial E E.E.Prof Allyrio de Figueiredo Brasil

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Morte e vida

quarta-feira, 9 de junho de 2010