Para
encerrarmos esse projeto de incentivo à leitura, deixo aqui um curta-metragem
animado que sintetiza esplendidamente o verdadeiro sentido do gosto e de termos o hábito da leitura. Alunos continuem lendo muito para ampliar seus
conhecimentos de maneira crítica e autônoma.
A menina que odiava
livros, baseado na obra de Manjusha Pawagi.
A leitura é muito
importante para melhorarmos no conhecimento das palavras, construir frases com
pontuação, escrevermos palavras que conhecemos ou não. Se não tivermos a
leitura em nosso dia-a-dia podemos perceber que nosso aprendizado não melhora
ou fica muito lento.
Hoje em dia, a internet
está substituindo a leitura, mas poucas pessoas ainda leem. A internet não pode
substitui-la porque um livro pode mudar tudo no aprendizado das pessoas. Muitas
pessoas não sabem ler porque não valorizavam os estudos. Hoje é tudo mais
diferente, pois temos varias formas de ter acesso as informações e saber fazer
uso de diversos meios de comunicação onde podemos nos deparar com as leituras
de diversos textos.
Ler é bom para qualquer
dificuldade de aprender palavras. Já li um livro “A droga da obediência”, ele é
muito interessante e tem também outro chamado “Alice nos países dos números”
que foi baseado em outro livro que é chamado “Alice no país das maravilhas. Nós
precisamos ler para que no futuro a nossa aprendizagem seja mais evoluída. Se
não soubermos ler não teremos trabalho no futuro. Na Matemática, História,
Geografia, Português, inglês e na Ciências incluem a leitura e se não
conseguirmos ler não aprenderemos essas matérias, porque tudo usará leitura
para compreender o que se refere cada um deles. Enfim, para ter um futuro
melhor, leia e incentive às pessoas a fazer isso.
As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado. Cada vez mais estão desinteressados à ler, isso torna os vocabulários mais empobrecidos.
Através da leitura, podemos enriquecer nosso vocabulário, obtemos conhecimentos, aprendemos a raciocinar e a interpretar mais. Muitos que não leem estão com dificuldades em se comunicar por meio da palavra escrita.
Portanto, o aluno não sabendo ler e nem entender direito o que está lendo não é capaz de analisar e compreender a própria visão do mundo.
A leitura tem sido um assunto bem polêmico entre as pessoas, pois uma acreditam que ler não tem tanta importância, já outras discordam.
Muitos acreditam que a leitura ajuda no desenvolvimento da criatividade e da construção da própria opinião, o interesse também poderá ser adquirido pelo hábito de ler.
Há aqueles que se preocupam que por meio da leitura em uma história inocente será perfeitamente capaz de levar a criança a imaginar situações opostas ao que a família ensina e assim criar opiniões fortes que estejam erradas.
Portanto, a leitura pode ser aproveitada com textos, livros, mas certos para cada idade, também isso não quer dizer que a leitura é proibida, ao contrário, ela é importante para formar pessoas melhores.
A importância da leitura para transformar um jovem em crítico
A importância de ler é para fazer com que o jovem tenha seus argumentos próprios sobre algum assunto em jornal, livro, cartaz...
Na leitura, o jovem encontra diversos tipos de mundos como aventura, drama, suspense e também a realidade. Com a realidade os jovens tendem a serem críticos em questões políticas, crimes e eventos sociais.
Mas, quando alguma criança não lê, corre o risco de se transformar em uma pessoa alienada a qual qualquer um poderá mexer e assim manipulando-a a fazer ou concordar sem ao menos saber do que se trata.
Portanto, uma criança ou jovem mais crítica faz dela menos alienada e assim formando-a em uma pessoa que sabe distinguir do certo para o errado.
A importância da leitura para fazer um jovem crítico
A leitura para a vida de um jovem tem uma grande importância, porque não é somente vendo imagens, jogos que devemos encontrar entretenimento, mesmo que nela possamos encontrar leituras e aprendizagem.
Leitura desenvolve a mente e a maturidade de cada um, podemos nos identificar melhor, ter raciocínio mais expressivo, até porque uma coisa leva a outra, visto que as pessoas não iriam mexer celulares, computadores, anúncios impressos ou televisivos sem fazer uso da compreensão das palavras.
Portanto, a leitura NUNCA poderá ser proibida e que é uma das maneiras mais importantes de se aprender na vida.
Clarice Lispector O Primeiro Beijo
São Paulo, Ed. Ática, 1996
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio
arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas.
Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com
balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de
ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para
aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos
um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife
mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com
letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e
"saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda
era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos
odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de
cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha
ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a
implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a
exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que
possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se
ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas
posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o
emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria
esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas
me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente
correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou
entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a
outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí
devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua
a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife.
Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias
seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me
esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto
da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá
estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a
resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia
seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do
"dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia
que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo
grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às
vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me
fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem
faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de
tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu,
que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua
casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia
estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa.
Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de
palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de
não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e
com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você
nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do
que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos
espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a
menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então
que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai
emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por
quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro:
"pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou
pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada,
e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não,
não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro
grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até
chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração
pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não
o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas
linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais
indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro,
achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para
aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser
clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no
ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o
livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma
mulher com o seu amante.
Interpretação
Questões
1)Ao término de nossa leitura, podemos
notar que o presente texto é um conto do gênero narrativo. Identifique marcas linguísticas
e estruturais que comprovam a sua resposta.
2)Quem é o protagonista da história?
Como a personagem é caracterizada?
3)Identifique o foco narrativo e quais
as marcas gramaticais que evidenciam a sua resposta.
4)No estudo comportamental das
personagens, podemos notar traços psicológicos e físicos da menina que era dona
do livro. Cite-as. O que estas características contribuiram para fazer com que o
leitor compreendesse os motivos das atitudes da menina?
5)Qual foi a reação da mãe ao
compreender a atitude da filha. Por que a mãe tomou essa reação?
6)O que seria uma felicidade
clandestina de acordo com o texto?
7)Faça um relato de memória sobre o
tema “ Minha primeira leitura”.
“A importância da leitura: sem a leitura as pessoas não
iriam saber o valor de “ler”
Sem a
leitura não saberiam o valor de ler, pois a leitura é boa, visto que ajuda a sociedade, ao desenvolvimento e muito mais. Nela o valor de expressar é muito importante.
O livro nos dá a conquista de novas fontes, a pular e alcançar novos desafios. Sem
a leitura o mundo iria ser diferente. Ela é muito importante para nós.
A leitura
ajuda no desenvolvimento do cérebro e ajuda a raciocinar melhor. Ajuda muito
até em crianças, que trazem dificuldade, e depois com livros se move. Sem
livros o mundo não iria estar escondido e seria ruim viver sem.
Portanto, não
devemos parar de ler porque pode ajudar a ter um futuro melhor, devemos ler para um dia, quem sabe, sermos: poetas cheios de orgulho para ajudar quem precisa ler.
Darei início, neste blog, à conclusão de um projeto desenvolvido em minha escola cujo nome é LER DEVIA SER PROIBIDO. Ora vejam só a incoerência deste blog não é mesmo? Este tema também causou rebuliços entre meus alunos, mas compreenderam a minha brincadeira. Nisso, eles iniciaram os estudos por um vídeo introdutório com tema homônimo ao projeto, refletiram, fizeram pesquisas das leituras interdiscursivas contidas no filme, foram à biblioteca para iniciarmos a Ciranda da Leitura, escolheram títulos e enredos os quais se sentiram mais familiarizados e assim por diante.
Como podem ver e perceber, meus caros, o trabalho perdurará por muito tempo, assim espero.
Neste momento, eles divulgarão alguns textos produzidos após as reflexões sobre a propaganda da Universidade Salvador ( Enviado em 23/06/2007 Campanha de incentivo à leitura idealizada e produzida por: Deborah Toniolo, Marina Xavier, Julia Brasileiro, Igor Melo, Jader Félix, João Paulo Moura, Luciano Midlej, Marcos Diniz, Paulo Diniz, Filipe Bezerra. (Alunos do 2ºano - turma pp02/2003 - do curso de Publicidade e Propaganda da UNIFACS - Universidade Salvador). )e sobre a leitura do conto Felicidade Clandestina da autora Clarice Lispéctor.
Este vídeo da canção A viagem do grupo Roupa Nova apresenta algumas das principais características da do Romantismo. Esta Escola Literária constitui do escapismo, a mulher idealizada, o saudosismo, a morbidez egocêntrica.